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Qual a melhor opção de Clínica para o tratamento laboratorial da Infertilidade?

É uma realidade que o número de casais inférteis vem crescendo significativamente nos últimos anos, não só decorrentes de doenças, mas também pelo fato das mulheres optarem por engravidar em idades mais avançadas. Consequentemente a isso, os tratamentos de infertilidade também aumentaram em todo o mundo e culminaram para uma demanda crescente no avanço das técnicas de reprodução humana assistida (RHA).

No entanto, diante de tantas opções existentes no mercado, quais seriam os fatores determinantes para a escolha de um serviço seguro e eficaz?

Os estudos internacionais referem que, na maioria dos casos de infertilidade, o caminho terapêutico é laboratorial, como demonstra um trabalho científico muito confiável.

 

“Atualmente não há como fazer tratamentos de infertilidade sem um laboratório acoplado pois caso contrário perderíamos 80 a 90 % dos casos”
Benercke e cols. (Revisão da literatura) – Gynecol e Obstet, 2005 – South Africa.

 

Dentre os vários tratamentos laboratoriais de infertilidade da atualidade, o mais eficaz e usado hoje em dia em clínicas de bom padrão, é o da injeção intracitoplasmática do espermatozóide avaliado em aumento de até 6 (seis) mil vezes. Tal método é conhecido como “SUPER ICSI”, que é um aperfeiçoamento da fertilização in vitro (FIV) dos últimos anos. O decorrer do tratamento, desde a primeira consulta até a transferência dos embriões fertilizados, passa por diversas fases que incluem diferentes profissionais e procedimentos.

Primeiramente, é necessário que a clínica escolhida para realizar o tratamento tenha a direção de um médico experiente e com alto conhecimento dos métodos, podendo assim, chegar à melhor conduta terapêutica para cada caso. Se o tratamento incluir a estimulação ovariana através de hormônios recombinantes, estes devem ser utilizados com cautela, pois o uso abusivo destes medicamentos podem levar a consequências clínicas indesejáveis, e em alguns casos, até fatais. Ou seja, todas as medicações, orientações e acompanhamento precisam ser rigorosamente monitorados por um médico experiente, e preferencialmente que sua atuação na área reprodutiva seja maior que 10 (dez) anos, pois a prática clínica é o melhor diferencial destes profissionais, fundamental para a segurança e sucesso dos tratamentos. Certifique-se que este profissional tenha um título de qualificação, de preferência emitido por algum órgão competente.

A incorporação em sua estrutura dos mais avançados recursos tecnológicos da atualidade mundial para a realização das mais modernas técnicas de tratamentos laboratoriais em infertilidade também é de extrema importância. Assim, é preciso que a clínica possua equipamentos modernos como, por exemplo, a “SUPER ICSI”. Além disso, que aplique os métodos mais recentes e eficazes tais como a VITRIFICAÇÃO (técnica de congelamento de óvulos e embriões) com resultados excelentes; e o diagnóstico genético pré-implantacional do embrião (PGD). Este é realizado pela técnica de hibridização genômica (CGH), a qual é considerada atualmente a maior tecnologia de uma clínica de RHA e permite transferir embriões livres de aneuploidias.

Igualmente importante é que a equipe de embriologistas possua experiência e qualificação suficientes para saber realizar os devidos procedimentos da maneira correta, segura e eficaz. Para isso, essa equipe precisa permanecer em constante acompanhamento da literatura, com atualização e reciclagem prática-teórica em cursos profissionais oferecidos na área. Da mesma forma que os médicos, o ideal é que os embriologistas tenham uma extensa prática laboratorial em RHA, a qual é adquirida através de uma grande quantidade de casos realizados, e de preferência, por muitos anos atuando na área reprodutiva. Sabe-se através de estudos científicos comprovados, que quanto maior o número de casos mensais, e quanto mais tempo este laboratório existe, melhor são os resultados de gravidezes. Confirme através dos dados da SisEmbrio / Anvisa, que são públicos e oficiais, acerca dos resultados nos tratamentos laboratoriais das clínicas a serem escolhidas.

Também nada adianta ter médicos experientes, equipamentos de ponta e embriologistas altamente treinados, se não tivermos um local adequado para esta prática. O laboratório de FIV deve estar de acordo com as exigências da Rede Latino Americana de Reprodução Assistida e, principalmente, da Vigilância Sanitária do Estado. Este orgão governamental é considerado atualmente em nosso país, o mais competente fiscalizador das clínicas de RHA. As clínicas que têm laboratórios de FIV e que não possuem esta licença definitiva da VIGILÂNCIA SANITÁRIA e publicada em Diário Oficial do Estado, não cumpriram todas as exigências determinadas para esta prática laboratorial.

Se a clínica que for escolhida para estes tratamentos laboratoriais tiver todos estes quesitos, provavelmente os resultados serão muito homogêneos, seguros e satisfatórios. Dessa forma, pesquisem os valores destes tratamentos entre as clínicas, pois existe uma diferença muito grande entre elas. Além disso, verifique se este serviço possui algum projeto social sério voltado para casais de baixa renda com resultados comparáveis à literatura mundial e que respeite as normativas éticas do Conselho Federal de Medicina.

Fato é que o objetivo fundamental dos pacientes e da equipe médica envolvida nestes tratamentos é a gravidez da paciente e, de preferência, com baixos custos. Para isso, é fundamental a complementação do nosso tratamento com o acompanhamento pré-natal dos seus obstetras, pois o nosso objetivo é “o bebê em casa”.

Dr. João Ricardo Auler